segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

A felicidade e o trabalho

Os Espíritos ensinam que completa felicidade é apanágio da perfeição espiritual.
Enquanto o homem possuir vícios e fissuras morais, ele sofrerá.
A identificação exclusiva com as coisas materiais causa sofrimento.
Tudo o que é material é transitório.
Quem localiza sua fonte de satisfação no que dependa apenas do elemento material está fadado a perdê-la.
Ao final da existência terrena, restam somente as conquistas morais e intelectuais.
Tais conquistas correspondem ao tesouro que nenhum ladrão consegue roubar e que as traças e a ferrugem não atingem.
A perfeição espiritual não se cinge à conquista de virtudes morais.
Ela envolve também o burilar do intelecto.
A razão e o sentimento burilados e purificados constituem as duas asas que conduzem o Espírito à plenitude. Importa, pois, dedicar-se ao cultivo de ambos. A felicidade é o sonho de todo homem. Pergunte-se a qualquer pessoa o que deseja e ela certamente afirmará que quer ser feliz. A busca de plenitude, de conforto e de paz têm conduzido a raça humana ao longo das eras.
A própria fragilidade da vida material desafia o intelecto.
Na busca de preservá-la e de vencer os elementos da natureza, os homens desenvolvem suas faculdades intelectuais.
Com o tempo, esse intelecto desenvolvido volta-se para questões mais transcendentes.
Surgem reflexões sobre a razão e a finalidade da vida.
Indaga-se o porquê de tantos sofrimentos que envolvem a vida humana.
O Espiritismo responde tais questionamentos.
Ele ensina que os obstáculos e os infortúnios destinam-se a desenvolver a sensibilidade e o intelecto humanos.
A igualdade em face da dor, da doença e da morte mostra o quanto todos são parecidos e devem ser solidários.
Ricos e pobres, belos e feios, todos se submetem aos imperativos da natureza.
É difícil permanecer insensível em face de uma dor que já se experimentou.
À medida que a Humanidade evolui, as dores se tornam menos atrozes.
Por conta da evolução intelectual, medicamentos e tratamentos sofisticados são descobertos.
Tudo se encadeia no Plano Divino.
O progresso intelectual dá-se de modo quase automático, pelo natural desejo que os homens têm de se furtar a dores e embaraços.
O progresso moral secunda o intelectual, mas demanda uma sensibilidade e um esforço a mais para operar-se.
Ele pressupõe maturidade bastante para compreender a vida a partir de um patamar mais elevado.
O estágio atual da Humanidade já possibilita compreender que conquistas materiais não garantem a felicidade.
Embora a evolução científica e tecnológica, os homens persistem angustiados e carentes de paz.
Para ser feliz, é necessário vencer velhos vícios, que causam grande tormento.
Inveja, ciúme, egoísmo, ganância e sensualidade desequilibrada são exemplos de fissuras morais que infernizam quem as possui.
O homem realmente decidido a ser feliz precisa dedicar-se a combater seus vícios.
O intelecto desenvolvido auxilia-o a identificar os seus problemas morais.
Basta pensar quais de suas características lhe tiram a paz e não são elogiáveis no próximo.
Identificados os problemas, é necessário trabalhar para combatê-los.
A criatura madura sabe que não existe resultado sem trabalho, nem recompensa sem esforço.
Ninguém se transformará em anjo por um golpe de sorte.
Impõe-se a aplicação de uma firme vontade no burilamento do próprio caráter.
A plena felicidade pressupõe a perfeição espiritual, mas esta é fruto do trabalho.
Pense nisso.

Redação do Momento Espírita.

CARIDADE


“Chamo-me caridade e sou a rota principal que conduz a Deus; segui-me, porque sou o objetivo a quem deveis visar.
Fiz esta manhã minha caminhada habitual e, coração angustiado, venho vos dizer: Oh! Meus amigos, quantas misérias, quantas lágrimas, e quanto tendes a fazer para secá-las todas. Inultilmente procuro consolar as pobres mães, dizendo-lhes ao ouvido: Coragem, há bons corações que velam sobre vós; não sereis abandonados; paciência! Deus está aí, sois suas amadas, sois suas eleitas. Elas pareciam ouvir-me e voltavam para o meu lado grandes olhos ansiosos; eu lia sobre seus pobres rostos que seu corpo, esse tirano do Espírito, tinha fome, e que se minhas palavras lhe serenavam um pouco o coração, não enchiam seu estômago. Eu repetia ainda: Coragem! Coragem! Então uma pobre mãe, muito jovem, que amamentava uma criancinha, tomou-a nos braços e a estendeu no espaço vazio, como a me pedir para proteger esse pequeno ser que não tomava num seio estéril senão um alimento insuficiente.
Alhures, meus amigos, vi pobres velhos sem trabalho e cedo sem asilo, atormentados por todos os sofrimentos da necessidade, e envergonhados da sua miséria, não ousando, eles que jamais mendigaram, ir implorar a piedade dos traunsentes. Coração cheio de compaixão, eu que nada tenho, me fiz mendiga por eles, e vou por todo lado estimular a beneficência, insuflar bons pensamentos aos corações generosos e compassivos. Por isso, venho a vós, meus amigos, e vos digo: Lá embaixo há infelizes cuja mesa está sem pão, a lareira sem fogo e o leito sem cobertor. Não vos digo o que deveis fazer, deixo essa iniciativa aos vossos bons corações; se vos ditasse vossa linha de conduta, não teríeis o mérito de vossa boa ação; eu vos digo somente: Sou a Caridade, e vos estendo a mão pelos vossos irmãos sofredores.
Mas se peço, também dou e dou muito; convido-vos para um grande banquete, e vos forneço a árvore onde vos saciareis. Vede como é bela, como está carregada de flores e frutos! Ide, ide, colhei, apanhai todos os frutos dessa bela árvore que se chama beneficência. Em lugar dos ramos que houverdes tirado, fixarei todas as boas ações que fizerdes e levarei essa árvore a Deus para que a carregue de novo, porque a beneficência é inesgotável. Segui-me, pois, meus amigos, a fim de que vos conte entre os que se alistam sob a minha bandeira, sede corajosos, eu vos conduzirei no caminho da salvação, porque eu sou a Caridade.”

Pág 178
O Evangelho Segundo o Espiritismo

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

A Verdadeira Oração de Francisco de Assis

Cântico das criaturas - São Francisco de Assis

Louvado seja Deus na natureza,

Mãe gloriosa e bela da beleza,

E com todas as suas criaturas;

Pelo irmão sol, o mais bondoso

E glorioso irmão pelas alturas,

O verdadeiro, o belo, que ilumina

Criando a pura glória - a luz do dia!

Louvado seja pelas irmãs estrelas,

Pela irmã lua que derrama o luar,

Belas, claras irmãs silenciosas

E luminosas, suspensas no ar.

Louvado seja pela irmã nuvem que há de

Dar-nos a fina chuva que consola;

Pelo céu azul e pela tempestade;

Pelo irmão vento, que rebrama e rola.

Louvado seja pela preciosa,

Bondosa água, irmã útil e bela,

Que brota humilde. É casta e se oferece

A todo o que apetece o gosto dela.

Louvado seja pela maravilha

Que rebrilha no lume, o irmão ardente,

Tão forte, que amanhece a noite escura,

E tão amável, que alumia a gente.

Louvado seja pelos seus amores,

Pela irmã madre terra e seus primores,

Que nos ampara e oferta seus produtos,

Árvores, frutos, ervas, pão e flores.

Louvado seja pelos que passaram

Os tormentos do mundo dolorosos,

E, contentes, sorrindo, perdoaram;

Pela alegria dos que trabalham,

Pela morte serena dos bondosos.

Louvado seja Deus na mãe querida,

A natureza que fez bela e forte:

Louvado seja pela irmã vida

Louvado seja pela irmã morte.

Assim seja!

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Fé inabalável só o é a que pode encarar de frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.

cap. XIX, item 7.(ESE)

sábado, 30 de agosto de 2008

O Espiritismo não institui nenhuma nova moral; apenas facilita aos homens a inteligência e a prática da do Cristo, facultando fé inabalável e esclarecida aos que duvidam ou vacilam.

Cap. XVII, item 4 (ESE).

sábado, 23 de agosto de 2008

Eu sei e você sabe, já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo vai levar você de mim
Eu sei e você sabe, que a distância não existe
Que todo grande amor só é bem grande se for triste
Por isso, meu amor, não tenha medo de sofrer
Pois todos os caminhos me encaminham pra você

Assim como o oceano só é belo com o luar
Assim como a canção só tem razão se se cantar
Assim como uma nuvem só acontece se chover
Assim como um poeta só é grande se sofrer
Assim como viver sem ter amor não é viver
Não há você sem mim e eu não existo sem você!

quinta-feira, 10 de julho de 2008

“Quando os estudiosos dos fenômenos paranormais melhor penetrarem nos intrincados mecanismos das causas morais que regem a vida, mais facilmente elucidarão os graves problemas na área da saúde, quer física, quer mental, compreendendo que, no Espírito, se encontram as chaves para solucionar-se os aparentes enigmas do comportamento e da vida humana. Pelos hábitos mentais e morais, pela ação, o homem reúne os valores para a paz ou elabora os grilhões a que se prende por tempo indefinido”. Manoel Philomeno de Miranda (espírito) / psicografia de Divaldo Franco. Livro: Painéis da Obsessão.
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“O conceito de Jesus sobre o amor é o roteiro de maior segurança para o equilíbrio do homem.
À medida que se adquire maturidade o amor faz-se mais abrangente, exteriorizando-se e atingindo as demais pessoas, interferindo no meio social e melhorando as condições de vida do lugar onde medra.
Conhecedor da alma humana, o Mestre pôde estabelecer no “amor a Deus acima de tudo e ao próximo como a si mesmo” a base, a razão e a finalidade da vida, única forma de crescer-se e alcançar-se a realidade íntima”.

(Manoel Philomeno de Miranda (espírito) / psicografia de Divaldo Franco. Livro: Painéis da Obsessão)

terça-feira, 8 de julho de 2008

Ah! meus amigos, se conhecêsseis todos os laços que prendem a vossa vida atual às vossas existências anteriores; se pudésseis apanhar num golpe de vista a imensidade das relações que ligam uns aos outros os seres, para o efeito de um progresso mútuo, admiraríeis muito mais a sabedoria e a bondade do Criador, que vos concede reviver para chegardes a ele.

cap. XIII, item 19.(ESE)

segunda-feira, 7 de julho de 2008

O ESTUDO COMO ALICERCE

Irmãos em aprendizado, estamos hoje aqui para tratar de um assunto muito sério na nossa Doutrina: a evangelização infanto-juvenil. Sabemos que a Terra enfrenta momentos difíceis com suas crianças e jovens. O desamor, a falta de moral e o desrespeito de uns para com os outros estão embaraçando o caminho das crianças e dos jovens até Jesus. E estes, inebriados pelo consumismo, partem em busca das coisas perecíveis, deixando de viver em família dentro dos padrões morais. Como trazer o jovem para Cristo? Devemos ou não fazê-lo? Claro que cada trabalhador do Senhor tem de colocar a isca no anzol e esperar pacientemente a hora de alimentar os peixes que nadam no mar da vida, muitos deles saciados pelos apetites da carne. Sair à rua batendo tambores, anunciando a chegada de Cristo? Dizer em alta voz que os espíritas são os trabalhadores da última hora? É evidente que não. Precisamos, sim, preparar-nos para segurar uma criança e um jovem em nossas mãos experientes. Como fazê-lo, se são em número cada vez maior e muitos não têm capacidade para tanto? O jovem moderno não quer se preocupar com a “morte”, se nem a vida lhe é importante. Tudo isso sabemos, as dificuldades são inúmeras e os obreiros muito poucos, mas mesmo assim temos de ir à luta. Não temos braços para enlaçar a Humanidade, mas possuímos sentimentos bastantes para abraçar o que mais próximo de nós se encontra. Desse modo, devemos ir às Casas Espíritas e fazer com que elas se preocupem com os jovens e com as crianças, não lhes levando o temor, mas mostrando o lado alegre da Doutrina. Daí, então, a criança e o jovem, familiarizados com os ensinos espíritas, não serão atacados pelo medo nem pelo ridículo. Mas para isso temos de fazer com que eles gostem da evangelização, e não que sejam obrigados a ir ao Centro. Como fazer, entretanto, para que se interessem pela Casa Espírita? Dando-lhes a importância que dispensamos aos adultos. Todos devem ser respeitados.

— A Espiritualidade Maior, continuou o conferencista, encontrava-se apreensiva com as crianças e os jovens. Muitos espíritas não conseguem transmitir para seus filhos o amor à Doutrina. E a família sofre com isso, O que está errado? Por que não conseguimos trazer nossos filhos e netos para a Doutrina? Porque apresentamos uma Doutrina difícil de ser compreendida, matamos os dogmas mas ainda não destruimos o medo, e muitos espíritas apresentam a obsessão como se ela fosse o inferno de ontem: “quem erra é jogado aos obsessores”, e não é assim, bem o sabemos. Temos de levar à criança e ao jovem a esperança e lhes dar lições de moral cristã. Para tanto, temos de tirá-los um pouco da frente da televisão e do vídeo-game e criar em cada Casa Espírita, nos grupos de evangelização, a equipe de teatro. Para concorrermos com o mundo, temos de apresentar passagens do Evangelho vivo no teatro. A criança tem de aprender a Doutrina divertindo-se, porque, se a sentarmos a uma mesa só para desenhar e estudar, dificilmente gostará. Voltamos a dizer: lá fora um mundo violento aprisiona o jovem e a criança, sem piedade. Qualquer religião que oferecer à criança somente a teoria não conseguirá que ela fique nem na letra, quanto mais encontrar Jesus! Hoje estamos aqui para orientá-los sobre o valor da evangelização infanto-juvenil.
(DO LIVRO DO ESPIRITO LUIZ SERGIO - CASCATA DE LUZ)

Aproveite o Ensejo

Não é o companheiro dócil que exige a sua compreensão fraternal mais imediata. É aquele que ainda luta por domar a ferocidade da ira, dentro do próprio peito.


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Não é o irmão cheio de entendimento evangélico que reclama suas atenções inadiáveis. É aquele que ainda não conseguiu eliminar a víbora da malícia do campo do coração.

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Não é o amigo que marcha em paz, na senda do bem, quem solicita seu cuidado insistente. É aquele que se perdeu no cipoal da discórdia e da incompreensão, sem forças para tornar ao caminho reto.

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Não é a criatura que respire no trabalho normal que requisita socorro urgente. É aquela que não teve suficiente recurso para vencer as circunstâncias constrangedoras da experiência humana e se precipitou na zona escura do desequilíbrio.

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É muito provável que, por enquanto, seja plenamente dispensável a sua cooperação no paraíso. É indiscutível, porém, a realidade de que, no momento, o seu lugar de servir e aprender, ajudar e amar, é na Terra mesmo.


(Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Agenda Cristã. Ditado pelo Espírito André Luiz. Edição de Bolso. Rio de Janeiro, RJ: FEB. )

Desde pequenina, a criança manifesta os instintos bons ou maus que traz da sua existência anterior. A estudá-los devem os pais aplicar-se. Todos os males se originam do egoísmo e do orgulho. Espreitem, pois, os pais os menores indícios reveladores do gérmen de tais vícios e cuidem de combatê-los, sem esperar que lancem raízes profundas.

cap. XIV, item 9. (ESE)

sexta-feira, 4 de julho de 2008

A Tragédia do Ressentimento

As pressões psicossociais, sócio-emocionais, econômicas e de outras origens desencadeiam distúrbios variados, nos quais mergulha uma larga faixa da sociedade.
Provocando medo, ansiedade e amargura, desarmonizam o sistema nervoso dos seres humanos, conduzindo a neuroses profundas que, quase sempre somatizadas, são responsáveis por enfermidades alérgicas, digestivas, do metabolismo em geral, facultando a instalação de processos degenerativos.
Os temperamentos frágeis, sob pressão, procuram realizar mecanismos de fuga, caindo em estados fóbicos e depressivos ou recorrendo à violência como forma de afirmação e defesa da personalidade.
Muitos resíduos psicológicos se lhes instalam no campo emocional e mental, dando lugar a perturbações de comportamento e a doenças diversas, que permanecem sem diagnose adequada.
Pessoas mais sensíveis, que não conseguem suportar e superar esses fenômenos das pressões constritoras, refugiam-se em ressentimentos que as infelicitam e predispõem-nas a reagir sempre, desferindo dardos venenosos contra aqueles que se lhe transformam em inimigos reais ou imaginários.
Algumas intoxicam-se de mágoas e fenecem. Outras, inconscientemente, tornam-se vítimas de insucessos afetivos, financeiros e sociais. Diversas fracassam na auto-estima, desvalorizando-se e fazendo o jogo da autodestruição.
O ressentimento é responsável por muitas das tragédias do cotidiano.
O ressentimento é tóxico que mata aquele que o carrega. Enquanto vibra na emoção, destrambelha os equipamentos nervosos mais sutis e produz disritmia, oscilação de pressão, disfunções cardíacas.
Não vale a pena deixar-se envenenar pelo ressentimento.
Nem sempre ele se manifesta com expressões definidas, camuflando-se nas fixações mentais e, às vezes, passando despercebido.
Há pessoas ressentidas que se não dão conta.
Um auto-exame enérgico auxiliar-te-á a identificá-lo nos refolhos da alma. Logo depois, prosseguindo na sua busca e análise, descobrirás as suas raízes, quando teve ele início e por que se te instalou no ser, passando a perturbar-te.
Verificarás, surpreso, que és responsável por lhe dares guarida e o vitalizares, deixando-te por ele consumir.
Os indivíduos que te foram cruéis, familiares, conhecidos, mestres, na infância e durante a vida, não tinham nem têm dimensão do que fizeram ou estão a fazer. Sequer se aperceberam dos seus desmandos e incoerências em relação a ti. A seu turno, sofreram as mesmas agressões, quando crianças, e apenas reagem conforme haviam feito outros em relação a eles.
O teu primeiro passo será compreendê-los, considerando-os sem responsabilidade nem esclarecimento, sem má intenção em relação a ti. Mediante tal recurso os compreenderás e os perdoarás posteriormente, liberando-te.
Arrancada a causa injusta do ressentimento, despertarás de imediato em paisagem sem sombras, redescobrindo a vida e desarmando- te em relação às outras pessoas, que antipatizavas ou das quais te mantinhas em guarda.
Ademais, o mal que te façam somente te perturbará se o permitires, acolhendo-o. Em caso contrário, tornará à sua origem.
Vive, pois, sem mágoas.
Depura-te. Ressentimento, nunca.
(
Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos de Saúde. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. Capítulo 11. Salvador, BA: LEAL.)

Parábola do Mau Rico

Havia um homem rico, que vestia púrpura e linho e se tratava magnificamente todos os dias. - Havia também um pobre, chamado Lázaro, deitado à sua porta, todo coberto de úlceras, - que muito estimaria poder mitigar a fome com as migalhas que caíam da mesa do rico; mas ,ninguém lhas dava e os cães lhe viam lamber as chagas. - Ora, aconteceu que esse pobre morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão. O rico também morreu e teve por sepulcro o inferno. - Quando se achava nos tormentos, levantou os olhos e via de longe Abraão e Lázaro em seu seio - e, exclamando, disse estas palavras: Pai Abraão, tem piedade de mim e manda-me Lázaro, a fim de que molhe a ponta do dedo na água para me refrescar a língua, pois sofro horrível tormento nestas chamas.
Mas Abraão lhe respondeu: Meu filho, lembra-te de que recebeste em vida teus bens e de que Lázaro só teve males; por isso, ele agora esta na consolação e tu nos tormentos.
Ao demais, existe para sempre um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que queiram passar daqui para aí não o podem, como também ninguém pode passar do lugar onde estás para aqui.
Disse o rico: Eu então te suplico, pai Abraão, que o mandes à casa de meu pai, - onde tenho cinco irmãos, a dar-lhes testemunho destas coisas, a fim de que não venham também eles para este lugar de tormento. - Abraão lhe retrucou: Eles têm Moisés e os profetas; que os escutem. - Não, meu pai Abraão, disse o rico: se algum dos mortos for ter com eles, farão penitência. - Respondeu-lhe Abraão: Se eles não ouvem a Moisés, nem aos profetas, também não acreditarão, ainda mesmo que algum dos mortos ressuscite. (S. LUCAS, cap. XVI, vv. 19 a 31.)
(Allan Kardec. Da obra: O Evangelho Segundo o Espiritismo. Livro eletrônico gratuito em http://www.febnet.org.br. Federação Espírita Brasileira.)

Apelo de Amigo

Não se deprecie.

Não diga que você não merece a bênção de Deus.

Atendamos à realidade.

Se a Divina Providência não confiasse em você, não teria você em mãos tarefas importantes quanto estas:

- uma criatura querida a proteger;

- alguém a instruir;

- uma casa a sustentar;

- o doente para ssistir;

- uma profissão a exercer;

- esse ou aquele encargo mesmo dos mais simples;

- algum ensinamento a compor;

- essa ou aquela atividade de auxílio aos semelhantes;

- algum trato de terra a cultivar;

- determinada máquina para conduzir.

Se a sabedoria da Vida nada esperasse de você não lhe teria doado tantos recursos, quais sejam:

- a inteligência lúcida que auxilia a discernir o certo do errado;

- a noção do Bem e do Mal;

- as janelas dos cinco sentidos;

- a capacidade mental cuja as manifestações você pode aprimorar ao infinito, empregando o esforço próprio;

- a visão do corpo e da alma com que você realiza prodígios de observação e de análise;

- a palavra, que você é capaz de educar, e com a qual você encontra as maiores possibilidades de renovar o próprio destino;

- a audição com que recolhe mensagens de todos os setores da existência tão só pelo registro de sons diferentes;

- as mãos que lhe complementam os braços, expressando-se por antenas hábeis de serviço;

- as faculdades genéticas que, iluminadas pelo amor e dirigida pelo senso de responsabilidade, lhe conferem poderes incomparáveis de criatividade nos domínios do corpo e do espírito;

- os pés que transportam você, atendendo-lhe a vontade.

Se você detém maiores áreas de ação ou usufrui vantagens mais amplas, no que se reporta aos encargos e benefícios aqui relacionados, então você já obteve significativas promoções no quadro da vida.

Quanto a imperfeições ou deficiências que ainda nos marquem, convém assinalar que estamos em evolução na Terra, sem sermos espíritos perfeitos.

Reflitamos nisso e aceitemo-nos como somos, procurando melhorar-nos e, ao melhorar-nos, estaremos construindo o caminho certo para a Espiritualidade Maior.