Muitas vezes, no meio espírita, ouvimos termos que expressam toda uma forma de entender o espiritismo. Isso é o que acontece quando ouvimos Cultura Espírita. Ao contrário do que muitos imaginam, esse termo não significa uma concepção unificada em torno da tese espírita, em que todos a compreendam de uma só forma. Sem entrarmos em discussões teóricas intermináveis, Cultura Espírita é o conjunto de princípios que, ao propor explicações ao homem acerca do mundo em que vive, o faz tomando como referencial primário a existência de um mundo invisível, pré-existente e que se sucede a esse mundo visível.
Como outras manifestação culturais, a Cultura Espírita pouco a pouco vai sendo acrescida à maneira pela qual o homem compreende o mundo, transformando e ampliando tudo o que os indivíduos, e coletivamente os povos, já adquiriram ao longo de sua História, ou seja, sua própria cultura. Contudo, ao contrário do que muitos espíritas imaginam, o espiritismo não veio substituir qualquer cultura, mas enriquecê-la, em uma proposta contrária a qualquer imposição de crença.
De maneira diversa, o espiritismo vem dar valor às questões subjetivas da crença popular ou religiosa। Para tanto, tem como alicerce outro termo pouco conhecido entre os espíritas: o livre-pensamento। Porém, em seu processo de desenvolvimento cultural, o espiritismo não se exime de demonstrar como falsos, no sentido de não corresponderem à realidade, outros princípios, como por exemplo os embasados no materialismo. Ainda assim, entendido sob o paradigma da Cultura Espírita, leva o entendimento que tudo o que faz parte da vida humana é útil para a evolução do ser. Em outras palavras, é parte da criação divina.
Da Obra de Chico Xavier - Por Emmanuel
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